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nikahcosta

Gratitude

Atualizado: 29 de out.



Today I am going to tell the story behind this little pendant. And anyone who knows me or follows me here knows that my work is filled with stories and meanings.


Yesterday morning, I was reminded by an app that the photo above was turning 4 years old and I relived in my thoughts how meaningful this piece, and this photo, are for me.


The year was 2019, I was still exploring polymer clay with a beginner's eye, juggling the life of a mother and an artisan, and this was the first style of floral embroidery I learned to do.


At the beginning of that year, I registered my interest in a São Paulo City Hall program called "Mãos e Mentes Paulistanas" (something like: hands and minds of São Paulo), whose focus was to register craft entrepreneurs in the municipality and, a few weeks later, I was invited to participate in a manual skills test and then receive my certificate.


Upon receiving the contact, I froze. I didn't know what to present or how to present it, but most importantly, how I would organize myself to be in the centre of São Paulo, at 11 am, with all my material and my 5-month-old son in my arms. My husband had an important work commitment that day, he couldn't take care of Owen and I would have to find a way to present my work and take care of my little one at the same time.


A few days after the invitation, I decided to cancel my participation, as I had not been able to create a viable logistics to attend the appointment. I would be reproved for "showing up for a job interview" carrying my son in my arms. It hurt me, but there was no better solution.


And it was in the reply to this email that I received one of the most special virtual hugs for an entrepreneurial mother. I'll leave a part of this chat below.


The technical staff not just offered me other dates but also, they offered to look after my son while I was being tested. 🧡

I was accepted by these people, mostly women, whose empathy makes me keep this episode in my memory, and in my heart, even after so long. Most of the society would disapprove, but I was able to attend my professional appointment holding my baby in my arms.


In the end, I chose another date and my husband could manage his work agenda to stay with Owen. They both came with me and while I presented my skill, my husband stayed inside the room, holding our little one in his arms. Owen didn't cry, but smiled to everyone in the room. My tension, inherent to the moment, dissipated and I was able to focus on my presentation - it was the first time I showed polymer clay to the public - I witnessed admiring looks and answered many questions, in a mixture between dazzle and surprise from the technicians who evaluated me.


I received my accreditation certificate as an artisan entrepreneur which, although it is no longer valid, I keep with great affection inside my document folder, along with the piece I made during the test and the exchange of emails with the organizers.


As a mother and a professional, I was seen and respected by this group, I received the opportunity that the vast majority would deny to a mother with a limited support network, and this story made me realise that, very often, an act of kindness act does not need to involve great sacrifices, nor money... a caring look to the side, can make all the difference in the "world of the other".


It's about normalizing motherhood. About acceptance. Empathy. Mutual care.


It's about being the change we want to see in the world.





PT - Hoje vim contar a história deste pequeno pingente. E quem me conhece ou me acompanha por aqui, sabe que meu trabalho é recheado de histórias e significados.


Ontem pela manhã, fui lembrada por um aplicativo que a foto acima estava completando 4 anos e revivi em pensamento o quão significativa esta peça, e esta foto, são para mim.


O ano era 2019, eu ainda explorava o polymer clay com um olhar iniciante, fazendo malabarismos entre a vida de mãe e artesã, e este foi o primeiro estilo de bordado floral que aprendi a fazer.


No início daquele ano, registrei meu interesse em um programa da Prefeitura de São Paulo chamado Mãos e Mentes Paulistanas, cujo objetivo era credenciar empreendedores artesanais no município e, algumas semanas depois, fui convidada para participar de um teste de habilidades manuais e então, receber meu certificado.


Ao receber o contato, gelei. Não sabia o quê apresentar nem como apresentar, mas o mais importante, como me organizaria para estar no centro de São Paulo, às 11hs da manhã, com todo meu material e meu filho de 5 meses nos braços. Meu marido tinha um compromisso importante de trabalho naquele dia, não poderia cuidar do Owen e eu teria que arrumar uma maneira de apresentar meu trabalho e cuidar de meu pequeno ao mesmo tempo.


Alguns dias depois do convite, decidi cancelar minha participação, pois não havia conseguido criar uma logística viável para comparecer ao compromisso. Seria reprovada por "comparecer a uma entrevista de emprego" carregando meu filho nos braços. Me doeu, mas não havia outra solução.


E foi na resposta deste email, que recebi um dos abraços virtuais mais especiais para uma mãe empreendedora. Vou deixar abaixo uma parte deste bate-papo:



A equipe técnica ofereceu ajuda para cuidar do meu filho enquanto eu realizava o teste. 🧡


Eu fui acolhida por estas pessoas, em sua maioria mulheres, cuja empatia me faz manter este episódio na memória, e no coração, mesmo depois de tanto tempo. A maior parte da sociedade reprovaria, mas eu pude comparecer ao compromisso profissional com meu bebê no colo.


No final, escolhi outra data e meu marido conseguiu administrar sua agenda de trabalho para ficar com Owen. Os dois foram comigo e enquanto eu apresentava minha habilidade, meu marido ficou dentro da sala, segurando nosso filho nos braços. Owen não chorou e sim distribuiu sorrisos a todos da sala.


Meu nervosismo, inerente ao momento, se dissipou e pude manter o foco em minha apresentação - era a primeira vez que mostrava o polymer clay ao público - testemunhei olhares admirados e respondi muitas perguntas, numa mistura entre deslumbramento e surpresa dos técnicos que me avaliavam.


Recebi meu certificado de credenciamento como empreendedora artesanal o qual, embora não tenha mais validade, guardo com muito carinho dentro da minha pasta de documentos, junto com a peça que confeccionei durante o teste e a troca de emails com os organizadores.


Como mãe e profissional, fui vista e respeitada por este grupo, recebi a oportunidade que a grande maioria negaria para uma mãe com rede de apoio reduzida e esta história me fez pensar que, muitas vezes um ato generoso não precisa envolver grandes sacrifícios, muito menos dinheiro... um olhar carinhoso para o lado, pode fazer toda a diferença no "mundo do outro".


É sobre normalizar a maternidade. Sobre acolhimento. Empatia. Cuidado mútuo.


É sobre ser a mudança que queremos ver no mundo.



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